ÉVORA

Na Rua Mendo Estevens nasci

em pleno coração da cidade

foi aí, no Farrobo, que cresci

e passei minha mocidade

Évora cidade museu

Património Mundial

berço que já foi meu

nesse nosso belo Portugal

Hoje com saudade e nostalgia

revejo tuas ruas, tuas calçadas

do tempo que lá vivia

e as pessoas minhas amadas

Vejo a Sé Catedral

as ruínas do Templo de Diana

a Praça do Geraldo monumental

por onde andou Vasco da Gama

Passeio pelas vastas e belas arcadas

descanso no Palácio Real,

visito S. Francisco e suas ossadas

passo pela palacio do Cadaval

Locais estes bem meus conhecidos

nessa cidade Alentejana,

por mim muitas vezes percorridos

cheia de cultura Romana

As Portas de Moura e sua fonte

o jardim do (bacalhau) Paraíso

as vislumbro em meu horizonte

parecendo ver o seu sorriso

Para bem longe parti

mas jamais te esquerei

pois foi aí que eu nasci

e para sempre te amarei

Nessa bendita terra

repousa o corpo de meu pai

é essa mistica que tudo encerra

e de minha mente nunca sai.

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Como disse Florbela Espanca :

Évora

"Évora! Ruas ermas sob os ceús

Cor de violetas roxas... Ruas frades

Pedindo em triste penitência a Deus

Que nos perdoe as míseras vaidades!

Tenho corrido em vão tantas cidades!

E só aqui recordo os beijos teus,

E só aqui eu sinto que são meus

Os sonhos que sonhei noutras idades!

Évora... o teu olhar... o teu perfil...

Tua boca sinuosa, um mês de Abril,

Que o coração no peito me alvoroça!

.. em cada viela o vulto de um fantasma...

E a minh`alma soturna escuta e pasma...

E sente-se passar menina e moça....”

ALENTEJANO ORIENTAL
Enviado por ALENTEJANO ORIENTAL em 18/02/2008
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