SAUDADE
Ah, Anjo, como posso te fazer pleno
se o vazio em mim, também, habita?
Poderiam os beijos encher o espaço
entre alma e corpo?
Ou as letras dar conta
de que és homem lindo, ainda
não desperto do vôo celeste?
Poderia eu, humanamente,
por te querer um bem danado,
fazer-me etérea e pousar em ti?
Seja pleno, Anjo,
aterrize em ti mesmo,
depois voe para mim
e mergulhe-me a carne.
Ah, Anjo, como posso te fazer pleno
se o vazio em mim, também, habita?
Poderiam os beijos encher o espaço
entre alma e corpo?
Ou as letras dar conta
de que és homem lindo, ainda
não desperto do vôo celeste?
Poderia eu, humanamente,
por te querer um bem danado,
fazer-me etérea e pousar em ti?
Seja pleno, Anjo,
aterrize em ti mesmo,
depois voe para mim
e mergulhe-me a carne.