Flor da saudade
A ausência é fato
Se faz na fatalidade
De simplesmente
Não estar.
Doravante
Não sabemos se o estar
Se compensa
Na lembrança
Na saudade que fica
Que mora
Que rasteja.
Aí um poeta vem
Tímido e matuto
Nas entrelinhas dos verbos
Vomita e te diz:
Me lembro de você
Comigo sempre estarás
Se me entendes
Sempre saberás
Que minha ausência é fato
Por isso
Saudade, também
O carinho e afeto
Que a ti dedico
São ternos, eternos
Jamais desdém.