Páginas

Folheio as páginas do meu caderno velho

E suas folhas não parecem as mesmas;

Estão abandonadas às moscas,

Guardando o pó de minha infância.

A tinta que suja a estrada branca

Traz consigo as mágoas de ontem.

Traz o choro de criança;

A esperança de uma infância mágica.

Páginas são versos mudos

Que esquecemos de escrever;

São palavras silenciadas,

Quando as dobramos,

E fingimos crescer.

Ainda brinco de dobradura

Com aquelas velhas páginas,

Qual menino fazendo pipa

Pra empinar e rasgar.

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 30/01/2008
Código do texto: T839646
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