VERSOS SEM COR
Se enoitecesse a noite
nesses grandes lagos claros
dos teus olhos
sepultando a luz do firmamento...
Meu pensamento cansa de pensar-te
e à solidão penso escrever sobre o silêncio,
pintar um girassol na púrpura do tempo.
Nunca mais teria eu a súbita alvorada?
Como faria para cantar-te o canto
magistral de um crepúsculo a primavera?
Ficarei olhando entreabrir-se
a tempestade e que escorram
chuvas de sonho e sede à tua espera.