LÁGRIMA DA SAUDADE


Brincam com a brisa os girassóis,
Ensaiam uma cantiga os rouxinóis.

O sol, sereno aconchega o dia,
Colibris esbanjam categoria.

Rosas multicores exalam suavidade,
Uma criança sorri; inocente felicidade.

Folhas caem pelo chão,
Sem rumo – logo se vão...

Na estação, lamenta alguém,
Deve ter perdido o ultimo trem.
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Ao longe, ouço o dobrar de um sino,
Exorcizo o meu desatino.

Mas, descontroladamente me vi,
Sentindo uma saudade doída de ti.

Pago um alto preço por acreditar,
Que como te amei – irias me amar.

Enquanto os comuns das coisas passam,
Incomuns – meus olhos embaçam.

Deixo escapar um suspiro sonoro,
Tento me conter; não dá; então choro.