Ida
Sentada na praça observando o sol prestes a se pôr,
Escuto murmúrios ao meu lado, um discurso sobre o amor.
Meus olhos marejavam e logo o meu peito se enchia de dor,
Pois me apego as memórias do teu carinho e calor.
Você se foi igual o vento dançante entre as folhas,
Sem sons, sem alarmes,
Uma brisa quase vão,
Apenas um vazio deixado
A um quebrantado coração.
Ainda na espera de tua volta,
procurava-te no abismo do meu ser.
Minha alma, rangendo, suplica:
Fica, não quero te perder.
Mas, o tempo sem dó e nem piedade
Fazia-te longe de mim.
E em um comum fim de tarde
O corpo ardeu a saudade
Do nosso triste fim.