Saudades da minha avó
Saudades da minha avó, um eco profundo,
Hoje a melodia me transportou aquele mundo,
Onde o fogão de lenha fumega e brilha,
E na cozinha, a vida se aquecia e se aninhava.
O perfume do frango caipira no ar,
Fazendo o coração mais leve, a alma a dançar.
No tacho, o feijão de corda a cozinhar,
Sons de risos e histórias, um amor tão singular.
Os pratos em cima da mesa, um banquete,
Cada garfada, um pedaço da vida que se repete,
Os domingos eram festas, os sorrisos, abraços,
E no canto da casa, o eco de nossos laços.
Ah, como eu gostaria de voltar a sentir,
O calor da sua presença, o jeito de me ouvir,
Com suas mãos de sábia, a cozinhar e a criar,
Um lar de sabores, um jeito único de amar.
Hoje a música toca e o tempo se desfaz,
Mas em cada acorde, sua lembrança se faz,
Saudades da avó, do calor da sua voz,
No meu coração, ela sempre será a minha feroz.