Olhos noturnos de um poeta

Rubra luz a lua, em sangue,

Na negra alma do poeta

que verte versos e águas

Luzindo os olhos meus.

Em noites lúgubre

São encavernados tesouros

que versolidificam

os cansados olho meus.

Verte a lua espinhos

E aflora a noite

Num misto verso de trevas e luzes

nos confusos olhos meus.