O BILHETE, LEMBRANÇA DO PASSADO

Ao remexer meus guardados,

Encontrei já meio amarelado,

Um bilhete escrito poucas palavras,

Uma data, um local e um nome,

Veio-me a memória uma noite,

Em que eu estava contigo,

Veio-me também a imagem daquele lugar,

E até o seu cheiro lembrei,

Senti o sabor do teu beijo,

E lembro-me a música que ouvíamos,

Mas de tudo só ficou o bilhete,

Você se foi como o vento,

Sem dizer pra onde e sem voltar,

As lembranças se perderam,

E as que ficaram, vão aos poucos morrendo,

Aquele lugar não mais existe.

A data é um passado longínquo,

Sou o que restou.

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 27/11/2024
Código do texto: T8206557
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.