Soli-dade

Houve um tempo

de manhãs faceiras

ao nascer do dia,

(e o sol, ah, sorria)

havia luzes intensas...

Houve um tempo em que

sorrisos eram constantes

as vontades eram volantes

havia planos, sem censuras

efeitos, sem culpas, ou,

pecados, sem mínguas

de perdão...

Houve um tempo de prazeres

se ledos, enganosos, ou não,

as estrelas luziam nos olhos

eram suplícios, alimentados

de paixão...

Não voltam, esses ciclos

quiçá ora abstraídos, mas

trazem do tempo memórias

do coração, uma saudade

e da saudade, a solidão.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 16/11/2024
Código do texto: T8197975
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