Soli-dade
Houve um tempo
de manhãs faceiras
ao nascer do dia,
(e o sol, ah, sorria)
havia luzes intensas...
Houve um tempo em que
sorrisos eram constantes
as vontades eram volantes
havia planos, sem censuras
efeitos, sem culpas, ou,
pecados, sem mínguas
de perdão...
Houve um tempo de prazeres
se ledos, enganosos, ou não,
as estrelas luziam nos olhos
eram suplícios, alimentados
de paixão...
Não voltam, esses ciclos
quiçá ora abstraídos, mas
trazem do tempo memórias
do coração, uma saudade
e da saudade, a solidão.