Dissabor do tempo

Tudo aparentemente calmo, um vazio talvez, a linha temporal dos anos, da juventude plena, ao dissabor do tempo, lembranças de outrora, são as marcas que agora fazem brotar as lágrimas dos meus olhos.

Amores e desamores por onde passei, desses amores, um grande amor fez morada em mim, não fui suficiente capaz de segurar a minha estrela, ela foi brilhar em outro céu, feliz foi aquele que recebeu o seu calor, ouviu os seus sussurros, sentiu os seus abraços e teve a sua luz, grande sorte teve por tê-la em suas mãos e possuir o seu todo, essa estrela na forma de mulher ainda brilha e posso ver a sua luz a cada chuva de verão, ela se apresenta como um arco íris, me mostra a sua face e, logo depois desaparece com o soprar dos ventos.

Há.., mil noites passaram-se, o vento me trouxe boas notícias, sem pedir para vedar os olhos, ele me disse: Abre as janelas, o seu grande amor quer te ver, ele continua, ela está bem, tão linda como outrora, veja, se apresse, disse ele.

As páginas foram abertas, a nossa história já adormecida, cria asas e se refaz, na percepção de estarmos juntos no mesmo barco, começamos a navegar, os mares estão calmos, a brisa é perfumada e nos sopra levemente, as ondas aparentemente calmas parece nos levar para outra direção, rumo aos horizontes tonalizados com as nuances vermelhas do sol, que apodera-se dos limites do céu, e lá juntos vamos viver intensamente a plenitude desse amor, um amor tão grande como o próprio mar, e a o mesmo tempo tão pequeno que fez morada em nossos corações, somos como elos de uma corrente, unidos para sempre. A nossa rota é formada pela saudade e ritmadas pelas batidas fortes de dois corações apaixonados.

Idelcino
Enviado por Idelcino em 23/10/2024
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