A saideira, dona!
Como quem nada queria, me permiti
A fim de abrir as portas, a tristeza varri.
Vendo que estavam abertas, você entrou a sorrir,
E após sua entrada, eu expectante daqui.
Maldosa e perversa a queda, esta não antecipei,
Pois permeava em mim a alegria de ao teu lado estar.
Mas a vida é prato cheio de escolhas a tomar,
Boas, ruins, inconsequentes, de verdade nem sei.
Sei que te trouxeram pra perto e te afastaram de vez,
E, confuso, chorei o pranto, o pó da tristeza assentou,
Sujando todo encanto que teu sorriso em mim instalou.
Agora, por mim e pra mim, promessa venho firmar:
Que a “saideira” cruel não permita a porta fechar.