O POETA DA INFÂNCIA

 

Sumiram os anjos,que entre as nuvens eu via,

pois descobri que só existiram numa poesia,

de uma distante infância, que o tempo já levou.

Hoje vejo, e estou sentindo na alma agora,

e sei, são fantasias de um poeta quando chora,

são antigas lembranças, que o tempo não matou.

 

Soam suas palavras no meu ouvido ainda,

quando me fitando dizia que a vida era linda,

e que cultivasse sempre a bondade no coração.

Acho que aquele poeta, queria de mim esconder,

os espinhos da vida, que encontraria em meu viver,

e nunca me disse, o que seria uma recordação.

 

Talvez sofrendo, os seus olhos muito choraram,

aquele poeta se foi, e muitos anos se passaram,

nada aconteceu, do que me disse o trovador.

Ainda lembro dele, em silenciosas madrugadas,

mesmo quando estou em minhas perdidas baladas,

como queria que soubesse, que não encontrei o amor.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 22/10/2024
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