Aconchego Velho

Da brisa meiga e janela, via um jardim e colibris.

Do fumacento fogão, de lenha e saudade, ouvia o gemido do carro.

Um paiol de palha e pai, o velho amigo era moço.

Descia um pouco de escada, do batente alto e embuia, contemplava as margaridas.

O riacho era perto e um tanque de Zé Cruz, era um poço verde e fundo.

Pequeno canto, aconchego velho, ruínas de um tempo bom.

Perdia se entre as tardes que mentem, a ilusão tão feliz.

E um sol de fazenda antiga, dormia entre os montes, cansado.

Da varanda de telhado alto, pelas frestas dos caibros tortos, adormecia eu, à vislumbrar a tinta prata da lua.

Da brisa meiga e janela...

João Francisco da Cruz