Saudade que Chora

Saudade que chora

Da vida lá fora...

A velha casa tem cheiro

De pão fresco, tirado do forno.

Nas tardes fagueiras.

Saudade que chora

Da vida lá fora...

Cantarolando no fim da tarde

Ia até a fonte buscar dois baldes de água.

Eu e o mano serramos tanta lenha,

Para queimar no fogão.

Saudade que chora

Da vida lá fora...

Segunda feira lavava a roupa no riacho

Estendia na cerca de arame farpado

O varal de roupa secava num instante

Com o vento e o sol potente.

Saudade que chora

Da vida lá fora...

O jardim perfumado de flores de jasmim

Camélias cor de rosa e margaridas

No pomar tantas frutas gostosas

Pêssegos, vermelhinhos colhido em outubro.

Saudade que chora

Da vida lá fora...

O galope do moro velho, o nosso cavalo.

Era tão mansinho que qualquer criança

Podia montar e cavalgar.

O banho de sanga no fim da tarde de verão

A festa da gurizada, tudo era diversão.

Edisj
Enviado por Edisj em 30/09/2024
Reeditado em 30/09/2024
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