Encontros e desencontros

Numa manhã desbotada, vejo-te insinuante!

Entre paisagens perdidas, destoantes, melancólica

uma magia invade minhas angústias e reticências.

Minhas lembranças vagam, incertas, imprecisas...

Embriago-me com tua doçura nesse regresso!

Acercam-se teus passos dessa varanda silenciosa.

Um vento areja essa cena entre meus devaneios.

Uma imprecisa tarde se avizinha inquietando-me!

Agora, esse lânguido sorriso me entregas.

Fez-se silêncio, cumplicidade, pertencimento,

nesse reencontro de olhos e mãos indulgentes!

Vasto, vasto mundo de desejos se espraiam...

Outra vez a noite chega dissimulada, reticente.

Derramas em mim tuas lânguidas expressões,

evocando enternecimentos, exaltações e comunhão.

Emanam nessas horas nossos desejos, nossa entrega.

Nasce, outra vez, essas estrelas nessa varanda de inquietudes,

essa fome revelando-se, invadindo-me, nessa alegria sobretudo!

Às vezes, sinto-me forte, quando teus olhos me acariciam!

Talvez até forte para, nesse reencontro, deixar-me ficar...

JTNery
Enviado por JTNery em 25/09/2024
Reeditado em 25/09/2024
Código do texto: T8159924
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