"Ecos da Saudade"
"Ecos da Saudade"
A cada dia, a saudade se infiltra nos cantos da alma como um silêncio que ecoa. Não é um sentimento que grita, mas um sussurro suave e constante, que se acomoda no espaço vazio que deixaste em mim. A saudade, essa inquilina indesejada, alimenta-se de lembranças, florescendo a cada amanhecer, como se o sol trouxesse consigo o peso da tua ausência.
A cada instante, descubro uma nova faceta dessa saudade. Ela é líquida como a lágrima que desce sem pressa, é o vento que balança as folhas em silêncio, é a palavra não dita que ressoa no peito. Não é apenas dor; é uma presença quase tangível, que me acompanha em cada passo, em cada olhar que busca o teu.
E assim, a saudade se torna minha fiel companhia, enquanto o tempo, em vão, tenta apagá-la. Mas ela persiste, delicada e firme, como uma flor que se recusa a murchar, encontrando vida nas memórias que guardo. E, no fundo, percebo que não há fim para essa saudade. Ela é o elo entre o que fomos e o que ainda sou, um lembrete constante de que, apesar da distância, teu rastro permanece.
A cada dia, a saudade me ensina a conviver com o vazio, a entender que, talvez, seja essa falta que preenche os espaços de mim mesma. Uma saudade que se recria, que se reinventa, que pulsa. Uma saudade que é a prova silenciosa de um amor que nunca se apaga, mesmo nas entrelinhas do tempo.
Rô Montano___________ ✍