Pormenodes

O tempo é curto, tudo morre

"Para que nasces, Rosa?"

Botão e flor em um jardim já túmulo

Cadência em pétalas, diversificando abismos

Não morrerás então, com o meu (silêncio)

Você que tanto foi a propulsão destes meus passos

E emoldurou tantos risos soltos nos meus dias

Se decidiu ir, que leves!

Leve à gosto, outubro

E pouco mais de um ano do meu eu lírico

Leve o prêmio e pódio de primeiro lugar de saudade

Advinda de idas, vindas, amor

Leve a minha biografia

Que já não grafa e nem redige sem você

Leve o bom senso que tive, da confissão que (pode?) ser a última:

— Você é mais linda que o fim da guerra.

E toda a minha voz desse canto-menor-ode

Só queria que uma alma qualquer, lhe soprasse aos ouvidos (como eu mesmo fiz tantas vezes)

Para que corresses aqui, e talvez ler-me

Que se trata de você

E que nunca foram menores estes enormes, pormenores

Photosfera
Enviado por Photosfera em 18/08/2024
Reeditado em 20/08/2024
Código do texto: T8131624
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