Tais
Quais sons anunciam seu olhar?
O longor inteiro de nós, clareou
Qual trilha devo formar?
Pra despir o que o caminho me levou
O sol vai rebuçar nossa tristeza
Se pondo às carícias do horizonte
Estes pedaços sobre a mesa
Seria o peito capaz de ser fonte?
Tem dias se passando por nós
Até que sejamos um o outro
Ávidos, febris quando sós
Voz objeta ao ponteiro, roucos
Colheria teus olhos cálidos flores
A solidão sincera desse perfume
Quisera ao pálido ser cores
Cobrir teu frio em minha plume
Asseados por outro fôlego
Tais os que de desejo padecem
Encheu-se o mar do vil córrego
Embarcam de volta os que se despedem