ENCONTRO

Antes de tudo a ligação,

A respiração ofegante

Um alô temente.

Posteriormente as mãos suadas,

O corpo flagelado

Castigado pelo sol incessante,

Impiedoso.

A espera torturante,

O coletivo superlotado

A ligeira dificuldade para respirar.

Primeiro o silêncio,

Depois os olhares buscando algum sinal

Algo que justifique a ação

Que abra precedente para a fuga.

Agora os corpos próximos,

O desejo enterrado

Tornando a viver intensamente.

A cada instante o controle

Vai se tornando

Algo ilusório, impossível.

Os corpos não resistem

Os lábios se encontram com volúpia,

Chega a ser obsceno

Mas é o nosso amor vivendo.