Pássaro Azul - 2 parte

Desde que o pássaro azul partiu,

Os dias perderam seu brilho,

Mergulhados em dores e escuridão,

Como se a vida tivesse se esvaído.

Minhas manhãs tornaram-se banais,

Abrindo a janela, ao menos,

Para sentir os ventos frios

Invadindo o coração vazio.

Um pássaro pousa aqui,

Outro surge ali,

Cores, formas e tamanhos

Misturam-se em variadas cenas,

Num verdadeiro carnaval de penas.

Meu sorriso se oferecia a todos,

Brincava com as variações,

Aliviando as dores do sol árido.

Mas, ao fim, tudo se desvanecia,

Eu permanecia só,

Olhando o céu,

Ansiando pelo pássaro azul.

Manhã de sol nascente,

Toc, toc,

Um som na janela,

Suave, doce, a despertar.

Abro os olhos e vejo o pássaro azul,

Com suas cores genuínas,

A iluminar os jardins.

Minha alma desperta com sua presença,

Meu coração, há muito adormecido,

Revive na fantasia das cores e batidas

Que há tempos não sentia.

Minha alma eleva-se ao azul celeste,

Encantada com a lembrança de tempos idos,

Degusta momentos felizes.

Mas, então, surge um pássaro rosa,

E minha atenção se desvia.

Perco-me em lágrimas,

Deixando a beleza fugir,

Levando consigo minha alegria,

E eu, perdido na solidão do vento.

Pássaro azul,

Amei-te em tuas pequenas asas.

Pássaro azul,

Lamentei tua partida.

Pássaro azul,

Ainda te amo, mesmo em breves pousos.

Felipe M do Carmo e Cassulo de Melo
Enviado por Felipe M do Carmo em 13/08/2024
Reeditado em 13/08/2024
Código do texto: T8128414
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