VITROLA VELHA

Vitrola velha

Cardoso I

Estes sons que agora esculto,

Nem sempre foram meus,

É que eles tocavam numa vitrola velha,

A que meu avô me deu;

Ele costumava ouvir,

Sempre no cair da tarde,

Dançando e cantarolando,

Pelo baile da saudade;

Meu avô, embora idoso

Era muito divertido,

Bailava pela sala da casa,

Com vovó ou com amigos;

Essas lembranças ficaram comigo,

Bem guardadas na memória,

Sempre que o visitava,

Ao sair lá da escola;

Mamãe trabalhava muito,

Sempre me deixava lá

Na companhia dos meus avos,

Nunca parava de brincar;

Mas de todas as lembranças,

A que eu mais me recordo,

Era a música de vitrola,

Quando lembro, sempre choro;

Quantas saudades eu tenho,

Das tardes de domingo,

Vovô com a velha vitrola,

E fumando seu cachimbo;

O tempo passou tão depressa,

Mas a saudade nunca fora apagada,

Para me sentir consolodada,

Sempre durmo embalada,

Ao som da velha vitrola,

Agora sé resta saudades,

Daquele som que tocava a alma.

Ivonoel cardoso
Enviado por Ivonoel cardoso em 14/07/2024
Código do texto: T8106678
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