Sol sem Luz
Sol sem luz
Dormiu o sorriso, pouco e montes.
Escorregou o brilho tão cansado, noites que invadem.
Aquela felicidade de tela curta, a tinta era falha.
Vi num sol tão pequeno, a fraqueza do gigante.
E de estrada e curvas, partiu pra não voltar.
Amores são sombras, morre a folha, seca a seiva.
Retratos são fies.
De baús e tristezas, guarda de retina a morte de um sorriso.
O Sol desta janela se acabrunhou tão cedo.
E no dia frio, envelheceu a alma minha.
Sóis escuros em dias feios, são belos às vezes.
Passageiro de trem velho, se adentra em túneis de mim.
Os olhos meus, mentiram na esquina e claridade.
À meia noite, sou mais feliz.
Dormiu o sorriso...
João Francisco da Cruz