Barrancos e adeus
Barrancos e adeus
No desfiladeiro e queda, quebra de cacos, sentimentos.
E beijos, tão olhares, toques fundos, lacunas feias, sobraram.
Dobraram os sinos, os sinais bem evidentes, ruínas de um amor.
São barrancos, mancos e tais, brancos e homens, o moço tolo, a menina, à queda, cai.
Esquinas vãs, vazios de rua, o desolado andarilho.
De teto o céu, pássaro sem ninho, lama de riacho, pouco.
O Sol não adentrou naquela janela, obscuro quarto no dia.
Amores são ventos, águas cegas, trilhas fundas, alçapões do coração.
O grande perdeu a hora, esqueceu o seu casaco, deixou o juízo ao léu.
Mordiscou a bolha, o balão, escorregou da escada.
Sensatez de amores cegos, pedra de quina e corte.
Na tumba e noite, dorme um esquecimento de sóis.
Dormiu o cão da calçada, quem lembrou de seu sorriso?
Amores e desertos, morrem secos, a seiva seca, um adeus de areia.
A parede e coluna trincou, desceu de feiúra e entulho, de descaso e solidão, ferro de ferrugem.
No desfiladeiro e queda...
João Francisco da Cruz