À minha nona Rosina
e o tempo se debruçou em sua janela
com os cotovelos apoiados na soleira
deixando no passado qualquer pressa
o seu querido e secular companheiro
Gina viu dali o céu dos antepassados
que de lá cintilavam acenando pra ela
então ergueu os seus ternos bracinhos
e sorriu − e até esqueceu que chorava
partindo águas: encontros e despedida
singrou, nas alturas, em seu barquinho
deixando no rastro um modelo de vida
e firmou-se bem alto, afável estrelinha
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 03/07/24 --