Meus primeiros bilhetinhos de amor.
Quando menino, com o coração em flor,
Escrevia às pressas, na velha caderneta,
Meus primeiros bilhetinhos de amor.
A mão trêmula, a emoção secreta.
Cada palavra, tímida e sincera,
Era um suspiro, uma doce promessa.
Hoje, a memória regenera
Uns versos puros, de beleza modesta.
Aqueles dias, hoje tão distantes,
Reluzem como estrelas em noite calma,
E cada bilhetinho, guardado nos instantes,
Aquece com ternura os olhos da alma.
Tudo que alcancei, meus sonhos, minhas conquistas
Trocaria por aqueles rabiscos sem valor,
Por aqueles momentos, doces, simplistas,
Os primeiros bilhetinhos de um eterno amor.