Meus primeiros bilhetinhos de amor.

Quando menino, com o coração em flor,

Escrevia às pressas, na velha caderneta,

Meus primeiros bilhetinhos de amor.

A mão trêmula, a emoção secreta.

Cada palavra, tímida e sincera,

Era um suspiro, uma doce promessa.

Hoje, a memória regenera

Uns versos puros, de beleza modesta.

Aqueles dias, hoje tão distantes,

Reluzem como estrelas em noite calma,

E cada bilhetinho, guardado nos instantes,

Aquece com ternura os olhos da alma.

Tudo que alcancei, meus sonhos, minhas conquistas

Trocaria por aqueles rabiscos sem valor,

Por aqueles momentos, doces, simplistas,

Os primeiros bilhetinhos de um eterno amor.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 28/06/2024
Reeditado em 28/06/2024
Código do texto: T8095886
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