Seu ohar cor de mel

"Saudade do cheiro que senti,

No fim de tarde, aquele dia

Parece-me até que havia

Todas as rosas ali

Mas eram os caracóis dourados...

Dos seus cabelos molhados

Vinha o cheiro que senti

Coisa ainda foi mais tarde

Quando vi os seus olhos cor de mel

Cintilar pelos meus como um troféu

Ou o sol que brilha e às vezes arde

Vi de longe seus olhos e cabelos

Mesmo assim senti isso que denoto

Imagina meu Deus se eu coloco

Os meus olhos bem mais perto, só pra vê-los...

Foi graça de Deus que eu visse

O olhar da cor de mel

Combinar cabelo e céu

Perfumando aquele ar

Parece até que o luar

Fez com que o sol sumisse

Só teu brilho apareceu

Parece até que Deus disse

"Só fiz pra que Sandro visse

Que era presente meu"

Mel que tens não no olho somente e nem nos fios

Mel que vejo bem nos seus desafios

Que enfrenta plantando com abrolhos

Não há nada mais lindo que teus olhos

Mais parecem a beleza dos rios

Que refletem da lua brilho e gretas

Para os outros você dá sempre as letras

Pra ficar só com "acentos" e "tios"

Volte aqui,

sente um pouco e deixe eu ver

Do mel dessa fonte vão querer

Não deixe qualquer um o extrair

O mel do teu olhar sadio

Porque nesse mundo arredio

Você ainda tem muito pra viver

Se esses olhos fossem em outro rosto

Não teriam assim tanta beleza

Só Deus mesmo usando a natureza

Te fizeram nascer perto de agosto

Quando o sol brilha mais indo ser posto

O castanho era insuficiente

Pra que fosse bastante reluzente

Foi por isso que veio cor de mel

Isso é coisa do Homem lá do céu

Que te fez depois pôs em minha frente"