ALMA POETIZA
Serei eu um poeta ou a vida me faz poesia?
Vejo beleza em tudo:
Na vida, nos sonhos,
Na arte, na música,
Como se cada batida do meu coração
Fosse um verso escondido na melodia do existir.
Às vezes penso que minha alma é poetiza,
Mas na limitação da carne não consegue ser melhor.
Por isso minhas poesias são um misto entre saudade e solidão,
Um canto mudo que ecoa nas profundezas do ser,
Um desejo inacabado de tocar o infinito.
A carne fala pela boca,
Mas é a alma que sussurra pelo coração.
E assim, na quietude dos dias,
Encontro versos nas sombras e luzes,
Na dança do tempo e nas pausas da canção.
Minha alma poetiza, no entanto,
Escreve em linhas invisíveis,
Tingidas de memórias e sonhos,
Enquanto a vida, com sua simplicidade sublime,
Transforma-me em poesia viva, em constante criação.
Tião Neiva