LUZ E SOMBRA

Na tela fria da saudade

Sua bela moldura ainda resiste

O coração já não faz alarde

Pois se acostumou a ser triste

Uma lágrima burila no quarto escuro

De leve oscila e dos olhos cai

Orvalhos sobre um fruto maduro

Que no sol da manhã se esvai

Paletas e molduras já esquecidas

Cenas que não voltam mais

Desejos ardentes de bocas mordidas

Tela pintada à luz dos castiçais

Pintura indelével que resiste ao tempo

Imagens na pele memória que ficou

A gente se sentia no rastro do vento

Teu olhar na tela o tempo apagou.

POETADOAMOR
Enviado por POETADOAMOR em 22/05/2024
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