SAUDADE IMENSURÁVEL

DA SÉRIE - AMORES QUE EU INVENTEI

Em taças iguais, em copos idênticos,

Guardamos momentos, pedaços de nós.

A adega vazia, pergunta insistente:

Por que se esvaiu, nosso vinho, a sós?

O lençol, alvo, banhado de lua,

Ilumina o quarto, recorda quem fomos.

Seus armários vazios, ecoam tristeza,

Trazem solidão, lembranças e prantos.

Bijuterias deixadas, com fios de cabelo,

Sinais de presença, de um amor que partiu.

No jardim, as flores, sua falta sentem,

E eu, na vidraça, o passado recrio .

Nos vidros embaçados, histórias se ocultam,

Refletem momentos de nós que sumiram.

Pergunto ao silêncio, se amar valeu tanto,

Se a dor da ausência, a vida mediram.

E assim, em suspiros, me envolvo

A saudade é imensurável!

Tião Neiva

TIÃO NEIVA
Enviado por TIÃO NEIVA em 22/05/2024
Reeditado em 22/05/2024
Código do texto: T8068672
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