POEMA DELA
Desenho-a
A palavras,
Sobras do que
Fomos, avulto-a
A pedaços de
Beijos. Acresça-os,
E logo, diz-me
Um tal, e insiste:
É o Poema. E
Lá se vão
Todos fora
Do seu ir, vão
Tão vãos, vão
Juntarem-se a
Braços dando-se
Ao etéreo
No compor
Abraços, que
Desalinham-se
Perdem-se ao
Parco horizonte
Que as linhas
Querem querem,
Insistem. À altura
Deste verso,
Não se contem, e o
Ditador, interpela-me
Você não sabe
Me escrever!
Impassível devolvo,
- Tá se achando?
Voce não é um
Poema. Não é!