SAUDADES DE MEL

 

Essa noite o drama voltou

Desafiando a minha superação

Trazendo a mesma dor

Com a cara e sem coração

 

Voltou com a sua face

Sem nenhum disfarce

Deixando-me ranzinza

Parafraseando a parafina

 

Ele veio com a sua estupidez

Para testar a minha "maluquez"

Guardo lembrança na minha tez

Tanto estrago esse "TAL" me fez

 

Por sua causa mudei de cor

Da epiderme a derme parda

Da minha pele, és o karma

De um pesadelo do horror

 

Convivo com o branco da paz

Morando no meu corpo

Toda a realidade me apraz

Hoje vivo, sem está morto

 

Que saudade da minha MINA

Em seu lugar ficou o VITILIGO

Saudade da minha MELANINA

Sem ela, cumpro o meu CASTIGO

 

Foto do meu acervo

(Eu e meU filho Diego jogando xadrez na praia de Boa Viagem)