Brisa

Me deste o que eu não queria,

A sua ausência.

Ela,

Carregada de saudade,

Se afugenta em meu peito,

Onde encontrou acalanto.

Na sofridão das batidas deste cansado coração,

Ela valsa!

Acompanhada da tristeza,

Que cansada da procura,

Não te encontrou.

Saudosa,

Tristonha,

Bailando sempre a última valsa,

Da despedida.

Meu sangue circula por entre veias como um rio,

E que durante correntezas,

Clama por seu nome,

Não há pedras,

Nem desvios,

Entorpecendo minha mente,

Esse desejo,

Que não dorme,

E minha alma,

Consome.

Lá fora,

Praças iluminadas,

A faceira brisa brinca,

Por entre corpos,

Que buscam a conjunção em ser um,

Desafiando o tempo e o espaço.

Lá do alto da igreja,

Uma legião de anjos desviam seus olhares,

Mas o amor não é pecado,

Nem o desejo,

Que subjugado pela ânsia,

Não se concretiza.

Agora brinca em minhas lembranças,

E a mente,

Implora por esta brisa.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 12/04/2024
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