Luísa, foi a música

Escreveste, Luísa, "Así somos

Nós como nós son os tolos ..."

Cada vez sou mais incapaz

De entender, Luísa, pessoas,

Como tu, sensíveis e até

Musicais ... Ó, o teu violino!

E inteligentes e de "esprit

De finesse" intenso e quase

Febril ... fabril ... Cada vez

Entendo menos as certas

Contradições que habitam

Em vós, lusófonos tímidos

E em aparência extraviados

Por entre os labirintos

Do "reino del bourbon" que

Vos envolve cheios da injustiça

Que é toda a dinastia "Paris

Bem vale uma missa" conversa

Para o pior ... Que dizes, Luísa,

No verso final do poema e que

Eu destruo: "que avanzan tan

Gravemente cara ao noso

Instante de sempre". (p.36)