PAREDES CAIADAS

 

De manhãzinha

Incidem na parede caiada

Os primeiros raios de sol

E assim, as sombras

Dos sonolentos sinos de vento

Balançam...

Caiadas paredes guardam

Segredos, sedução... silêncios

E, nas madrugadas

Ecoam sussurros de uma Saudade

Outonal nostalgia - lágrima

Acompanhada da taça de vinho,

Que encanta;

A inclinar-se desenhando imagens

De ondas no líquido tinto

Memórias pinceladas

No cristal - tela

São sonhos, ainda, iluminados -

Sutil Salamandra despe-se:

Fugidia luz da última vela...