Itaperuna

Olho Itaperuna com saudades e choro

por minha família, desde o fundamento,

vejo meus avós, finjo que ainda moro

na Burque de Nazareth, em pensamento.

Desde a chegada dos Boechat,

lá no início da história, quanta esperança:

personagens imponentes ilustraram

minhas fantasias de criança,

quando colhia no jardim de minha avó

a mais linda e delicada rosa- chá.

Essas recordações têm o perfil

do meu pai, tio e avô tocando clarinete

na mais antiga Banda de Música

ou meu bisavô na presidência

da primeira Câmara Republicana do Brasil.

Itaperuna, você nos pertence,

como filha adotiva do coração,

o passado é campeão, convence:

como é forte o dna desta geração.

Ivone Boechat
Enviado por Ivone Boechat em 27/03/2024
Reeditado em 26/06/2024
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