Itaperuna
Olho Itaperuna com saudades e choro
por minha família, desde o fundamento,
vejo meus avós, finjo que ainda moro
na Burque de Nazareth, em pensamento.
Desde a chegada dos Boechat,
lá no início da história, quanta esperança:
personagens imponentes ilustraram
minhas fantasias de criança,
quando colhia no jardim de minha avó
a mais linda e delicada rosa- chá.
Essas recordações têm o perfil
do meu pai, tio e avô tocando clarinete
na mais antiga Banda de Música
ou meu bisavô na presidência
da primeira Câmara Republicana do Brasil.
Itaperuna, você nos pertence,
como filha adotiva do coração,
o passado é campeão, convence:
como é forte o dna desta geração.