Ocaso ao acaso
Se foi a chuva não se sabe
Ou se foi a saudade, também não
Às vezes, uma rima não cabe
E escorre, como água, pelas mãos
Talvez a música na tarde
O filme ligado para as paredes
Medo da solidão, covarde
É o coração, sente frio e sede
E se perde por entre linhas
Escritos de uma alma tão velha
Dentro do olhar, conchinhas
Areia, mar e nuvens vermelhas...