DE REPENTE

Olho para aquele mármore frio , um tanto o quanto sombrio

Tua história ficou ali guardada , cimentada

E teus lábios frios

Não mais respondem

Agora meus olhos lacrimejam …

Observo sem entender

o porquê daquele pássaro preto passar voando sobre tua

minha solidão

Jaz em mim uma nostalgia de mistério estranho

Lembrando das tuas mãos entrelaçadas sobre teu peito

A vida é um sopro mesmo

E de repente não há mais aquele marinar íntimo que havia entre nós

A saudade tá falando algo que não compreendo , porém , justifico , tê-la

Teu jeito simples ficará comigo em todas artérias do meu coração

E só meu pensamento preenche minha saudade

E eu vou tentar me transportar em desdobramento para te dar aquele abraço que ainda guardo comigo

Assim , inesperadamente

Tu vens de braços abertos para aquele abraço ímpar , único

cheio de solicitude

E a minha mente se abre para dizer que podemos fazer de vez em quando aquele passeio astral .

Ana Maria Marques
Enviado por Ana Maria Marques em 02/03/2024
Reeditado em 02/03/2024
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