DE REPENTE
Olho para aquele mármore frio , um tanto o quanto sombrio
Tua história ficou ali guardada , cimentada
E teus lábios frios
Não mais respondem
Agora meus olhos lacrimejam …
Observo sem entender
o porquê daquele pássaro preto passar voando sobre tua
minha solidão
Jaz em mim uma nostalgia de mistério estranho
Lembrando das tuas mãos entrelaçadas sobre teu peito
A vida é um sopro mesmo
E de repente não há mais aquele marinar íntimo que havia entre nós
A saudade tá falando algo que não compreendo , porém , justifico , tê-la
Teu jeito simples ficará comigo em todas artérias do meu coração
E só meu pensamento preenche minha saudade
E eu vou tentar me transportar em desdobramento para te dar aquele abraço que ainda guardo comigo
Assim , inesperadamente
Tu vens de braços abertos para aquele abraço ímpar , único
cheio de solicitude
E a minha mente se abre para dizer que podemos fazer de vez em quando aquele passeio astral .