ALEGORIA

Um repertorio vasto de equações irresolutas

Transpiram por tua essência

Ressoam por tua boca

E se aninham em meu colo!

Quaisquer razões e proporções

Se perdem em teus gestos

[Embaraço de minha estrutura

Contradições e ordens do íntimo querer

[Incondizentes com o entendimento

Emblematicamente és verve de todo apetite

Contemplar teu corpo de fúria

Envolvendo minha urgência

Em meus olhos

[Paráfrase reelaborada de atrevimento

Transeunte como o imediato

Quando estou, já fui!

Quando estive, não estava!

Quando quis já desistia!

Quando não sabia, te amava!

Quando soube, perdi o que jamais teria!

Em transe, éramos eternos, feitos pra demolir

[mimetismos densos, semblante rude do viver

Maria Mariane
Enviado por Maria Mariane em 25/02/2024
Reeditado em 26/02/2024
Código do texto: T8007268
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