ALEGORIA
Um repertorio vasto de equações irresolutas
Transpiram por tua essência
Ressoam por tua boca
E se aninham em meu colo!
Quaisquer razões e proporções
Se perdem em teus gestos
[Embaraço de minha estrutura
Contradições e ordens do íntimo querer
[Incondizentes com o entendimento
Emblematicamente és verve de todo apetite
Contemplar teu corpo de fúria
Envolvendo minha urgência
Em meus olhos
[Paráfrase reelaborada de atrevimento
Transeunte como o imediato
Quando estou, já fui!
Quando estive, não estava!
Quando quis já desistia!
Quando não sabia, te amava!
Quando soube, perdi o que jamais teria!
Em transe, éramos eternos, feitos pra demolir
[mimetismos densos, semblante rude do viver