Sino da saudade
A saudade bate o sino,
oh, vocês se foram tão cedo,
ficaram apenas as memórias,
aqueles escritos sem papel,
que ressoam dentro da alma,
o rosto nunca visto do anjo torto,
as mãos piedosas da minha Pietà,
a jovem esperança da Ilha do Mel,
o sino bate uma, duas, três vezes,
não consigo gritar para chamá-los,
"voltem!", meu coração sussurra,
minhas recordações do que foi,
misturam-se ao que nunca foi,
e cá estou nesse mar solitário,
buscando um farol que me guie,
um abraço que me abrigue,
uma luz que aponte o caminho,
um perfume com cheiro de casa,
agradeço aos três e me pergunto,
o que seria de mim sem vocês?
Obrigado pelas memórias...