ETERNA PRESENÇA.
Na alma, a saudade tece seu fio,
Dor e perda, esse eterno vazio.
A cada dia, a cada hora, persiste,
Uma conhecida constante, que insiste.
Não me acostumo, saudade é lamento,
É o que fica quando não queremos o momento.
Olhos marejados, lágrimas a fluir,
Ficamos, não ficamos, mas a saudade a persistir.
Ela é companheira, sombra ferrenha
No peito, a nostalgia ecoa e se embrenha.
Não somos nós que ficamos, é a ausência,
Deixando a saudade, a eterna presença.
Assim, a vida tece sua teia,
Entre lembranças, a saudade vagueia.
Não somos imunes, nem indiferentes,
Ao sabor dessa dor, tão potente.
Tião Neiva