A saudade (nunca mais?)
Aí, quando bate aquela saudade,
Mais uma vez,
Ouso dizer,
Imaginei nós dois,
Ao som daquela sanfona.
Tantas coisas poderíamos fazer,
Pensei em você,
O partir, cada vez, aperta meu coração.
Nada foi em vão,
Se eu pudesse,
Estaria segurando sua mão.
Pode ter mostrado
Que não era uma mera opção,
Mas tudo foi-se
Com o vento.
Ainda tenho o sentimento,
Ainda levo aquela saudade.
Parece, às vezes,
Que somos fechados pelo Cupido,
Na maldade.
Não entendo essa lealdade,
Com esses sentimentos,
Me perco muitas vezes
Em meus pensamentos.
Mas a saudade eu guardo,
Com as minhas poesias.
Deixo presa nos versos,
E não levo palavras de heresias.
Aquela saudade,
Que outrora sentia,
Um poema virou,
Transformou-se
Em uma bela poesia.
O adeus ficou eminente,
Entre os versos,
Palavras não ditas
Deixam carente
O gostar, que se perdeu em universos.
Acho que finalmente
Posso admitir
Que a saudade acabou,
Isso até demorou.
Por partes, machucou,
Mas parei de insistir.
É a saudade que penso
Que aperta meu peito,
As noites, enquanto choro,
E alago meu leito.
Da saudade,
Me livrei.
Hoje aprendi
Disso tudo,
Só chorei.
Porém,
Corrigi.
Comecei
A não insistir.
Que posso desistir
Antes que venha
Me destruir.