ATÉ QUANDO SAUDADE...

Vai me deixar no desassossego

Até comprimir o meu coração

A vida não passa de placebo

E a morte sublimação

Já que o passado é o particípio

Aquele que eu tanto venero

Páginas amarelas do livro

Com uma capa de ferro

Vem mitigar aqui no meu peito

Aquilo que o tempo não leva

Seja a dose letal de cianeto

A qual esta vida renega

Nada passa incólume ao teu crivo

Do quando menos se espera

Pois seu espaço é restrito

Ocupa altar e não capela

Vai a tristeza devorar o meu ego

Inebriar das minhas lágrimas

Ao fazer de mim teu servo

Em um passe de mágica

E o absurdo passa a ter sentido

A grosso modo que estorva

E todo resultado negativo

Não cabe a contraprova

Heloi Lima
Enviado por Heloi Lima em 25/11/2023
Reeditado em 25/11/2023
Código do texto: T7939779
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