ATÉ QUANDO SAUDADE...
Vai me deixar no desassossego
Até comprimir o meu coração
A vida não passa de placebo
E a morte sublimação
Já que o passado é o particípio
Aquele que eu tanto venero
Páginas amarelas do livro
Com uma capa de ferro
Vem mitigar aqui no meu peito
Aquilo que o tempo não leva
Seja a dose letal de cianeto
A qual esta vida renega
Nada passa incólume ao teu crivo
Do quando menos se espera
Pois seu espaço é restrito
Ocupa altar e não capela
Vai a tristeza devorar o meu ego
Inebriar das minhas lágrimas
Ao fazer de mim teu servo
Em um passe de mágica
E o absurdo passa a ter sentido
A grosso modo que estorva
E todo resultado negativo
Não cabe a contraprova