O SENHOR DA ESQUINA
Ali, está ele na velha e bela
Esquina das Laranjeiras,
com seu chapéu cinza,
terno, gravata e barba por fazer,
escorado entre os muros
da silenciosa avenida,
com seu charuto na mão,
pensando na infância feliz,
junto aos seus irmãos.
O limoeiro lhe despertava
memórias felizes
da época que corria,
brincava de amarelinha
e se ralava no chão.
Quanta saudade
tinha o senhor da esquina,
encostado no muro daquela avenida.