Silêncio
Em um mundo de silêncios, sou a ecoante solidão,
A liberdade dança, mas em meus passos, hesitação.
No vasto palco da vida, uma única atuação,
Eu, protagonista, perdido na imensidão.
As sombras sussurram segredos ao meu redor,
Caminho solitário, sem mapa, sem rumo, sem calor.
Liberdade, como pássaro que não quer voar,
Entre as asas, o peso da responsabilidade a carregar.
Nas entranhas da noite, meu ser se entrelaça,
Com a vastidão do universo, onde a solidão abraça.
Caminho na penumbra, calejado pela saudade,
Liberdade, um fardo que não se traduz em felicidade.
Oh, como é difícil dançar com a própria sombra,
Entre os ecos do vazio, onde a alma se assombra.
A liberdade, como flor que desabrocha no deserto,
Minhas mãos a tocam, mas o perfume é incerto.
No palco da vida, enceno a peça da solitude,
Liberdade em excesso, mas a alma em quietude.
Sou só, eu e minha sombra na dança da escuridão,
A responsabilidade pesa, na solidão da imensidão.
Diego Schmidt Concado