Meus olhos fechados, pensantes, reflexivos,

contemplo-te, quieta e demoradamente...

tua luz, eterna e pura, plantada em mim.

Silenciosa, exuberante e bela,

se acolhe entre um sopro e outro de meu respirar...

 

Como as notas inesquecíveis que fluem das mãos de Llitch*...

E depois vagam pelo céu de ventos alísios,

sentidas, guardadas e refletidas no olhar

que contempla os dedos de partituras...

 

Amo-te assim: poesia desvendando a noite,

desnudando a luz dos teus olhos

nos pergaminhos da música do tempo...

 

 

* Piotr Llitch Tchaikovsky