VEM!...

VEM!...

Vem!...

A última estrela já se apagou

É tarde... preciso te falar. Vem...

Há em cada pensamento escondido

Uma imagem partida... de alguém.

Vem!...

A lua já não tem seu brilho intenso

Sua magia perdeu-se na ilusão

Que fascinava o meu corpo tenso

Sua luz era sonho na solidão.

Vem!...

É tempo de reavaliar o que ficou

Sentimentos mutilados, sem brilho

Como a lua que, ao chegar radiante do sol

Esmaece sem graça no infinito.

Vem!...

Eu cá estou. No céu, a luz do sol

Para curar as cicatrizes feitas

Depois do abandono...

Por que esperar um novo arrebol?

Vem!...

Transforma tua inconstância

Em presença sempre aceita

Agora é a hora certa

Para enclausurar ilusões desfeitas.

Vem!...