ONDE TU ESTÁS?
Onde tu estás, senhor do meu poema?
Estás no céu, que tece um diadema
de estrelas, a piscar, na noite escura?
Estás na lua, que navega, tímida,
em meio às nuvens, cheia de candura?
Onde tu estás, senhor do meu poema?
Pra onde foste te ausentando assim?
Onde tu estás, que não te vejo e escuto,
triste silêncio, que minh'alma algema
silêncio denso, frio, absoluto?
Eu não consigo te tocar o rosto
nem ter teus braços ao redor de mim...
Onde tu estás, Senhos dos versos meus?
Tu foste embora e só deixaste escrita
no meu poema uma palavra:
adeus!