Herança
O vento move a cortina
Branca qual nuvem de paz,
Feita de uma linha fina
Que não se fabrica mais.
Nos canteiros a lavanda
Cativa o olhar da moça
Que sentada na varanda
Lustra a delicada louça.
Nessa casa tudo que há,
Há encantos a contar
Em uma doce lembrança
Da vida de uma senhora
Que na casa não mora,
Mas morou desde criança!